quinta-feira, 7 de novembro de 2013

ANELIDEOS

O solo é uma parte da biosfera geralmente repleta de vida. Muitos dos seres vivos que habitam o interior do solo não são visíveis a olho nú, mas há outros que podem ser vistos com facilidade. Um exemplo é a minhoca. Ela vive em solo úmido, como é, geralmente, o solo fértil que serve como canteiro (de horta ou jardim).
A minhoca pertence ao filo dos anelídeos - nome que inclui vermes com o corpo segmentado, dividido em anéis. Os anelídeos compreendem cerca de 15 mil espécies, com representantes que vivem no solo úmido, na água doce e na água salgada. Podem ser parasitas ou de vida livre.



Características gerais dos anelídeos
Além da minhoca, existem várias espécies de anelídeos. Podemos citar animais pequenos - como a sanguessuga, que pode medir apenas alguns milímetros de comprimento - e também animais de grande porte - como o minhocuçu, que atinge dois metros.


O habitat dos anelídeos pode ser a água dos mares e oceanos ou a água doce e a terra úmida. Eles são considerados os mais complexos dos vermes. Além do tubo digestório completo, têm um sistema circulatório fechado, isto é, têm boca e ânus e também apresentam um sistema circulatório em que o sangue só circula dentro dos vasos.
O corpo dos anelídeos é revestido por uma pele fina e úmida. Essa é uma característica importante da respiração cutânea - respiração realizada através da pele, pois os gases respiratórios não atravessam superfícies secas.
Na maioria das vezes, os anelídeos são hermafroditas, isto é, cada animal possui os dois sistemas reprodutores: o masculino e o feminino. No entanto, eles realizam fecundação cruzada e recíproca, ou seja, dois animais hermafroditas cruzam e se fecundam mutuamente.

Classificação dos anelídeos
Podemos classificar os anelídeos utilizando como critério a presença ou a ausência de estruturas semelhantes a pelos e a quantidade dessas cerdas.
Há três grupos de anelídeos: oligoquetos, poliquetos e aquetos. Pelo significado dessas palavras, é possível identificar como são as cerdas (quetos) desses animais: oligo significa "poucos"; poli significa "muitos"; e a significa "sem".

Oligoquetos
Apresentam poucas cerdas por anel. Não há parapódios (pequenas projeções do corpo que auxiliam a locomoção) nem cabeça diferenciada do restante do corpo.
O principal representante desse grupo é a minhoca. Ela tem a pele coberta por uma fina película e produz uma substância viscosa; esse muco diminui o atrito com o solo, protege a pele do contato com possíveis substâncias tóxicas e mantém a umidade, que é fundamental para a respiração cutânea.
Nesse animal, é visível o clitelo - um anel mais claro por onde os animais se unem na fecundação cruzada, trocando espermatozóides. Após a reprodução, cada um dos vermes libera no solo um casulo cheio de ovos. Alguns dias depois, saem desses ovos vermes jovens.
  • O sistema digestório é formado por uma boca; um papo, que parece uma grande câmera; uma moela, por onde o alimento é triturado; um longo intestino, que termina no ânus, situado no ultimo anel do corpo.
  • O sistema circulatório é fechado, e nele o sangue circula dentro dos vasos. O sangue possui hemoglobina, o mesmo pigmento vermelho que nós, seres humanos, possuímos.
  • O sistema nervoso é formado por células nervosas que coordenam várias funções do corpo.
A minhoca desempenha um papel importante na fertilidade do solo. Ela cava "túneis", atua como arado, aumentando a aeração e a circulação da água. Além disso, as suas fezes contêm, substâncias nutritivas que se misturam com a terra e agem como adubo, fertilizando o solo.

Poliquetos
Possuem muitas cerdas em cada segmento, ou seja, em cada anel. Cada anel tem um par de projeções laterais, os parapódios, no qual estão implantadas as cerdas.
Os poliquetos são carnívoros. Muitas vezes, são canibais, isto é, devoram outros poliquetos.


Aquetos
Os aquetos (também chamados hirudíneos) não possuem cerdas e apresentam ventosas, que ajudam na fixação e na locomoção.
Nesse grupo, está a sanguessuga. Ela é hermafrodita e vive em solo úmido e pantanoso ou em água doce. Existem também algumas espécies marinhas.
A sanguessuga chupa o sangue de outros animais pelas ventosas, mas também pode se alimentar de minhocas e de restos de animais. É de pequeno porte, o seu comprimento varia de 1 a 20 centímetros.


COMPARAÇÃO ENTRE FILOS




terça-feira, 27 de agosto de 2013

Gimnospermas e Angiospermas


As angiospermas são comumente conhecidas como plantas floríferas que pode ser claramente distinguidas das gimnospermas por certas características. As gimnospermas são o que podemos chamar de ancestrais das plantas com flores que eram conhecidos de existir 140 milhões de anos.

A palavra gimnosperma é derivada do gymnospermos palavra grega que significa “semente nua”. A principal diferença entre angiospermas e gimnospermas é o tipo de sementes. As sementes das angiospermas são colocadas dentro de uma fruta e as gimnospermas possuem sementes nuas.
Embora as diferenças sejam bastante evidentes, elas possuem também diversas semelhanças entre si:

- Ambas são capazes de produzir pólen para a fecundação através de um tubo polínico. No entanto, as gimnospermas dependem principalmente da polinização pelo vento.
-O esporófito das angiospermas e gimnospermas é diferenciado em raiz, caule e folhas.
- Angiospermas e gimnospermas têm vasos e células. O sistema vascular é comum a ambos constituídos de conjunto e feixes vasculares.
- Poliembrionia, uma característica comum das gimnospermas é também comum em algumas angiospermas e um suspensor é formado durante a fase de desenvolvimento do embrião.


Pteridofitas

São plantas vasculares que não possuem sementes. 



- Cormo composto por raiz, caule e folhas;
- São traqueófitas, ou seja, possuem um sistema de condução que transporta a seiva das raízes até as folhas. Nestes dutos também são transportados alimentos para o restante do organismo;
- Possuem folhas divididas em folíolos; 
- As folhas novas surgem enroladas; 
- A maior parte das espécies possui reprodução sexuada, porém, algumas podem se reproduzir assexuadamente através de brotamento.
- O sistema de transporte de seiva possibilita sustentação à planta; 
- Possuem a capacidade de se desenvolverem sobre o tronco de árvores; 
- Possuem caule, chamado de rizoma, muito parecido com uma raíz.

Exemplos:
- Avencas 
- Samambaias 
- Xaxins
- Cavalinha

Reprodução

1 - No esporângio (órgãos que produzem esporos) das plantas, através de meiose, as células diploides são transformadas em haploides.
2 - O esporângio se parte e os esporos haploides caem no solo.
3 - Os esporos germinam dando origem ao protalo (estrutura com formato de coração).
4 - O protalo tem a capacidade de produzir gametas, pois é uma planta sexuada. Essa fase dura pouco tempo.
5 - O protalo possui um órgão reprodutor feminino e outro masculino.
6 - Os anterozoides (gametas masculinos) se dirigem até a oosfera (gameta feminino das plantas) fecundando-a.
7 - O embrião que nasceu é diploide. A nova planta adulta é criada, pois as células do embrião se dividem por mitose.

Curiosidades

- As plantas pteridófitas foram as primeiras que desenvolveram um sistema destinado ao transporte de seiva.
- São muito usadas como plantas ornamentais, principalmente as samambaias.
- Algumas espécies de samambaias podem crescer até 15 metros.


Briofitas
I. A grande maioria das espécies é terrestre de ambiente úmido e sombreado (musgos, hepáticas anthóceros).
II. São plantas avasculares (ausência de vasos condutores); os líquidos são conduzidos por difusão célula a célula.
III. Ocorrem ainda espécies com a Ricciocarpus natans que flutua em H2O doce e a Riccia flutuantes que vive submersa em água doce.
IV. O musgo do gênero Shpagnum forma a turfa, que funciona como adubo na melhoria solo, quando seco e moído pode ser utilizado como combustível.
Classificação

Reprodução nas Briófitas

Assexuada: ocorre por fragmentação, quando a planta adulta cresce, divide-se em pedaços irregulares chamados propágulos, e estes são levados pela ação do vento e da água da chuva até o solo, germinando e formando uma nova planta.
Sexuada: Ocorre alternância de gerações (Metagênese).
Gametângios: órgãos produtores de gametas
Planta masculina: Anterídeo -> produz anterozóides.
Planta feminina: arquegônio -> produz oosferas









terça-feira, 26 de março de 2013

AS FOLHAS

Em um estudo no Parque da Redenção, em Porto Alegre, recolhemos algumas folhas e, conforme instruído, analisamo-nas. Os resultados são uma descrição superficial porém fundamentada sobre cada modelo de folha que obtemos. Veja como foi:

Encontramos três tipos de folhas, as quais não tínhamos (e ainda não temos) a mínima ideia dos nomes científicos, então foram dados nomes inventados: a folha Coração, a Gigante e a Comum.


  • CORAÇÃO
- Folha Simples: apresenta o limbo único e contínuo, não dividido em lâminas menores.
- Limbo em formata de coração.
- Margem cerrada.
- Possui pelos (superfície aveludada).




  • GIGANTE
- Folha composta com folíolos em números par, onde não há um folíolo terminal.
- Limbo longo e relativamente estreito, semelhante à ponta de uma lança.
- Margem lisa.
- Desprovida de pelos em ambas as faces das folhas, folíolos e foliólulos.



  • COMUM
- Folha composta com folíolos em número ímpar, onde há presença de um folíolo terminal.
- Folha relativamente longa e com extremidade alargada, semelhante a uma espátula.
- Margem lisa.
- Desprovida de pelos em ambas as faces das folhas, folíolos e foliólulos.
- Possui espinhos no caule.



CUIDADO!

Os seres vivos, como estudados hoje em dia, estão divididos em cinco reinos: Monera, Protoctista, Fungi, Plantae e Metazoa. Vamos apresentar aqui alguns dos perigos apresentados por dois desses reinos, o reino Monera, que representa as bactérias, e o reino Protista, que representa os protozoários.

MONERA: DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS
Bactérias são sensíveis aos antibióticos, estes quando usados sob prescrição médica, constituem uma excelente arma contra doenças bacterianas. Essas doenças são transmitidas por gotículas de saliva, contato com alimento ou objeto contaminado ou por contato sexual. Considere algumas dessas patologias:

- Tuberculose
É causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis), atacando os pulmões. O tratamento é frito com antibióticos e as medidas preventivas incluem vacinação das crianças com BCG, abreugrafias periódicas e melhoria dos padrões de vida das populações mais pobres.
- Lepra ou hanseníase
É transmitida pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae) e causa lesões na pele e nas mucosas. Quando o tratamento é feito a tempo a recuperação é total.
- Difteria
Doença muitas vezes fatal causada pelo bacilo diftérico, que ataca principalmente crianças. Produz dor de garganta, febre e fraqueza. O tratamento deve ser feito o mais rápido possível. A vacina antidiftérica está associada à antitetânica e à antipertussis (contra coqueluche) na forma de vacina tríplice.
- Coqueluche
Doença que ataca crianças, produzindo uma tosse seca característica, causada pela bactéria Bordetela pertussis. O tratamento consiste em repouso, boa alimentação e, se o médico achar necessário, antibióticos e sedativos para tosse.
- Tétano
É produzido pelo bacilo do tétano (Clostridium tetani), que pode penetrar no organismo por ferimentos na pele ou pelo cordão umbilical do recém nascido quando este é cortado por instrumentos não esterilizados. É uma doença perigosa, que pode levar o indivíduo à morte, sendo por isso obrigatória a vacinação. Cuidados médicos em casos de ferimentos profundos são essenciais. Pode ser necessária a aplicação do soro antitetânico.

MONERA: DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS
Estes micro-organismos de vida livre estão presentes em muitos ambientes mas alguns levam vida parasitária causando doenças em animais, febre, cistos muito dolorosos e outros males em seus hospedeiros. Muitos protozoários causam doenças nos seres humanos e a outros animais vertebrados. Vejamos algumas das doenças causadas por esses diabinhos:

- Amebíase
se caracteriza pela manifestação de diarreias e, em casos mais graves, comprometimento de órgãos e tecidos. É responsável por cerca de 100000 mortes ao ano, em todo o mundo.
- Balantidiose
Com o desenvolvimento e multiplicação destes protozoários no hospedeiro, novos cistos são liberados ao meio ambiente através das suas fezes contaminadas. Os cistos são considerados como uma resistência às adversidades do meio.
- Doença de Chagas
O mal de Chagas, como também é chamado, é transmitido, principalmente, por um inseto conhecido popularmente como barbeiro. Este animal de hábito noturno se alimenta, exclusivamente, do sangue de animais vertebrados.
- Giardíase
Infecçãointestinal que ocorre mais frequentemente em locais onde as condições sanitárias e de higiene são precárias.

AS ALGAS

As algas são seres muito curiosos e misteriosos, então por que não darmos
uma olhadinha e tentarmos entender melhor esses seres? Vamo lá?







RESUMO: O Reino Protoctista


Algumas observações importantes sobre o reino protoctista (ou protista)!

  • Eucariotos.
  • Unicelulares (protozoários e algas unicelulares) e pluricelulares (algas).
  • É dividido em novos reinos do domínio Eukarya, já que apresenta grupos que estão mais próximos, evolutivamente, de outros reinos do que de outros grupos de protistas.
PROTOZOÁRIOS
  • Possuem diversos meios de interação com outros seres, podendo ser:
  1. Parasitismo: retiram alimento e causam prejuízo ao hospedeiro;
  2. Comensalismo: retiram alimento sem prejudicar o hospedeiro;
  3. Mutualismo: ambos os seres são beneficiados.
  • A ameba, através de seus pseudópodes, aproxima-se do alimento, o engloba por fagocitose e o digere em vacúolos com enzimas dos lisossomos.
  • A eliminação de produtos tóxicos ou inúteis ocorre por difusão.
  • Alguns protozoários têm um vacúolo contrátil ou pulsátil, que elimina o excesso de água da célula.
  • A forma mais comum de reprodução é a assexuada, que ocorre, geralmente, por divisão binária.
  • Amebíase: causada por um parasita da espécie humana, o Entamoeba histolytica.
  • Protozoários ciliados: possuem cílios
  • Protozoários flagelados: possuem flagelos, que funcionam na locomoção e na captura de alimento. Se reproduzem por divisão binária.
  • Os protozoários desprovidos de organelas especializadas para locomoção, são parasitas intracelulares e fazem a reprodução por divisão múltipla ou esquizogonia.
ALGAS
  • Unicelulares ou pluricelulares
  • Vivem em água doce ou salgada, ou em terra firme
  • Fazem fotossíntese (cloroplasto com clorofila)
  • Reprodução:Assexuada (divisão binária)Sexuada
  • Plâncton: comunidade de algas microscópicas que flutuam na água. Essas algas formam o fitoplâncton
  • Zooplâncton: seres heterotróficos dessa comunidade
  • Corpo das algas pluricelulares: talo
Vejamos algumas definições mais aprofundadas:
Euglenófitas (ou euglenoides)
- possui flagelos e vacúolo contrátil
- cloroplasto: clorofila A e B e carotenoides
- substância de reserva: paramilo
- realiza fotossíntese quando há luz e nutrientes inorgânicos
- quando não há condições para fazer fotossíntese, os cloroplastos regridem e realizam nutrição heterotrófica

Bacilariófitas
- diatomáceas (principais componentes do fitoplâncton)
- cloroplasto: clorofila A e C, carotenoides e pigmentos que lhe dão a cor dourada
- armazenam crisolaminarina e óleos
- carapaça possui polissacarídeos impregnados de sílica que formam uma estrutura rígida
- depósitos de carapaças: formam uma terra muito fina chamada terra de diatomáceas
- reprodução:
* assexuada (bipartição)
* sexuada (produção de gametas)

Dinoflagelados (dinófitas ou pirrófitas)
- cor avermelhada ou amarelo-pardas ou amarelo esverdeadas
- cloroplasto: clorofila A e C e carotenos
- armazena óleos e amidos
- bioluminescência: transformam energia química em luz
- pela fotossíntese: fornece parte do alimento e fornece abrigo, em troca
- reprodução assexuada (divisão binária)
- algumas são heterotróficas
- vivem em água doce ou no mar

Algas verdes ou Clorofíceas
- cloroplasto: clorofila A e B, pigmentos carotenoides
- parede celular de celulose e reserva de amido
- unicelulares móveis ou imóveis, coloniais ou de vida livre
- pluricelulares de vários tamanhos
- reprodução:
* assexuada
* sexuada
* assexuada e sexuada
- vivem em água doce e mar, em solo úmido, na neve, no gelo, dentro de outros seres vivos ou associados aos fungos (líquen)

Algas pardas ou feofíceas
- quase todas são marinhas
- pluricelulares
- cloroplasto: clorofila A e C e carotenoides (principalmente fucoxantina)
- cor marrom
- açúcar de reserva: laminarina
- parede celular: celulose e alginas ou alginatos
- as vezes seu corpo tem partes que se assemelham à raiz, ao caule e à folha das plantas superiores. São chamadas de rizoides, cauloides e filoides ou lâminas

Algas vermelhas ou rodofíceas
- cloroplasto: pigmentos carotenoides e clorofila A e ficocritina e ficobilina
- armazenam amido das florídeas
- pluricelulares, marinhas e variam de tamanho
- parede celular: ágar, celulose e carraginina
- ágar é usado como espessante

REPRODUÇÃO nas algas verdes, pardas e vermelhas
- bipartição ou divisão binária
- fragmentação do talo
- esporulação

Ciclos reprodutivos
1. Diplonte: 
indivíduo adulto -> meiose -> células haplóides -> gametas -> fecundação -> célula-ovo -> mitose -> individuo diploide
- meiose ocorreu na formação de gametas: meiose gamética
- é encontrado em poucas algas (nas pardas)

2. Haplonte:
individuo adulto haploide -> mitose -> gametas -> fecundação -> zigoto diploide -> meiose -> esporos -> germinam -> individuo haploide 
- meiose ocorreu com o zigoto: meiose zigótica ou inicial

3. Haplonte-diplonte:
individuo diploide -> meiose -> esporos -> germinam -> individuo haploides que formam gametas -> fecundação -> zigoto diploide -> individuo diploide
- meiose ocorreu na formação de esporos: meiose espórica 
- encontrado em muitas algas e plantas terrestres
 

OS CINCO REINOS

Os seres vivos, de acordo com a taxonomia, são divididos em cinco grandes reinos, que compreendem diversos filos, classes, ordens, famílias, gêneros e espécies. Os reinos são distintos entre si, vejamos agora quais são eles e que tipo de seres nos apresentam.



  • Reino Monera
O reino monera é o mais básico dos cinco, porém um dos mais populosos, abrangendo todos os tipos de bactérias existentes no planeta. Tem agrupamentos como os sub-reinos Eubacteria e Archaea, que ajudam a analisar os seres pertencentes à divisão.


  • Reino Protoctista (ou Protista)
Igualmente abrangente ao primeiro, o reino Protista agrupa então os protozoários, serem microscópicos e extremamente populosos, porém com cruciais divergências das bactérias, o que os põe em outro reino.


  • Reino Fungi
Além de ser o reino ao qual pertence o maior ser vivo do planeta, é descrito por ser o reino a qual pertencem os fungos, tão comuns, presentes em toda a parte, e necessários.


  • Reino Plantae
O reino das plantas, como sugere o nome em latim. É onde se classificam todas as árvores, flores, raízes e vegetais de qualquer gênero que possamos pensar.


  • Reino Metazoa
E finalmente o quinto reino, onde se listam os animais mais conhecidos e exemplificados, como os tradicionais cães, gatos, leões, cavalos, etc. Também é o reino onde encontram-se os seres humanos.

A TAXONOMIA E SUA HISTÓRIA

Taxonomia (do grego antigo τάξις = táxis, arranjo, e nomia νομία = método) é a disciplina acadêmica que define os grupos de organismos biológicos, com base em características comuns, e dá nomes a esses grupos. Formam-se, assim, divisões por classificação, facilitando o estudo e entendimento da vida em geral no mundo em que vivemos. 

A ciência taxonômica vem de muitos anos atrás, quando Aristóteles deu início ao conceito kategoria (em grego: Κατηγοριαι, em latim: Categoriae), onde classificava os objetos por gênero e espécie; publicou o livro "Política" e espalhou a ideia da categorização em 12 distintos grupos, segundo o que escreveu e explicou na obra. Mais tarde, definiu quatro grandes categorias : mineral, vegetal, animal e humana. Segundo ele, todos os seres eram postos em uma categoria desde que tivessem alma, admitindo que todos tivessem, porém não o homem, que era destacado por possuir, além da alma, anima.

Mais tarde, Teofrasto criou as definições sobre as plantas, publicando catálogos com mais de quinhentos tipos de vegetais. Foi também o criador de muitos nomes que ajudam a identificar características em plantas até hoje, como partes dos organismos vegetais e classificações especiais que ainda são usadas por cientistas ou até mesmo pelo senso comum. 

A este aspecto do estudo da taxonomia, foi Santo Agostinho que deu continuidade. Agostinho de Hipona tinha credibilidade da população por seus atos na igreja e na ciência, tendo sido um dos primeiros a traduzir escritos religiosos para o idioma comum. Sendo assim, quando apresentou a ideia de diferenciação entre animais úteis e animais nocivos, foi bem recebido e aceitado. Agostinho acreditava que o homem era quem definia os critérios de divisão dos seres, pelo fato do mundo ter sido criado para o ser humana e este era responsável por decidir o que era, ou não, importante.

Em 1775, Linneus, respeitado cientista então, publicou um livro, baseado em Aristóteles, Teosfrato e Agostinho, resumindo que todos os pontos de vista anteriores poderiam ser analisados juntos, sem necessidade de divergências entre as teorias. O livro apresentou as ideias de modo que todas se encaixavam e mostravam uma maneira absoluta de estudar a divisão dos seres vivos. Esta obra foi o Systema Naturae, e é "o pai" do estudo da taxonomia, dando início ao método de análise que separa os seres vivos de categorias mais abrangentes a categorias menos abrangentes.